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O prefeito Maycllyn Carreiro assumiu um desafio de gigantes: recolocar Morrinhos no trilho do desenvolvimento industrial e empresarial. Este é um fato profundo, mas pouco debatido na cidade: o gestor herdou uma pasta econômica com um atraso significativo, o que torna qualquer avanço lento, mas crucial.

Uma análise honesta sugere que o setor de desenvolvimento local carrega um fardo de aproximadamente doze anos de estagnação. Esse período engloba os dois anos impactados pela pandemia e, mais criticamente, os quatro anos da gestão anterior, que teria deixado a pasta esvaziada e sem um trabalho de base considerável. Levando em conta que o desenvolvimento econômico é um trabalho técnico com resultados que só aparecem a médio e longo prazo, Morrinhos está, literalmente, correndo atrás de uma década perdida.

Historicamente, os grandes saltos de desenvolvimento econômico e social de Morrinhos foram impulsionados pela chegada de grandes indústrias ou pela expansão e fortalecimento das empresas locais. Ciente dessa dinâmica e do tempo perdido, Carreiro tem demonstrado esforço, buscando alternativas para começar a girar as engrenagens econômicas que estão há muito tempo enferrujadas.

Esforço Inicial e a Redução do ISSQN
Neste contexto de urgência, a administração municipal começou a apresentar medidas concretas. Recentemente, a prefeitura completou um mês da implementação da lei que reduziu o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) de 5% para 2% para representantes comerciais, empresas e empreendedores da área de tecnologia.

O prefeito Maycllyn justifica a decisão como parte de uma agenda estratégica para tornar Morrinhos mais competitiva e atrativa para novos negócios. “Reduzir impostos é fomentar empregos, inovação e desenvolvimento. Morrinhos está se posicionando como uma cidade moderna e preparada para receber novas empresas”, afirmou o gestor, sinalizando que a gestão entende a necessidade de mudar o “jogo” fiscal para acompanhar o mercado.

Os primeiros reflexos da lei já são perceptíveis na Secretaria de Finanças. Segundo o diretor de Arrecadação, Welder Ribeiro, a medida gerou um aumento no movimento de formalização no município. A lógica é clara: a renúncia fiscal é vista como um investimento, pois é compensada pelo crescimento do número de negócios operando na cidade e pela maior movimentação econômica gerada.

Para setores como o de tecnologia e o de representação comercial, a redução do imposto chega em boa hora, trazendo previsibilidade e incentivando investimentos em um ecossistema local para startups e desenvolvedores.

O esforço inicial de Maycllyn Carreiro é inegável e aponta para a direção correta: a desburocratização e o incentivo fiscal como ferramentas para destravar o potencial econômico. Contudo, é fundamental que a gestão mantenha a transparência e a seriedade. O tempo é o maior adversário, e a redução do ISSQN é apenas o primeiro passo de uma longa jornada que exigirá, além de incentivos fiscais, a atração ativa de investimentos e um planejamento técnico que resgate a cidade do atraso de 12 anos. O município aguarda, com atenção, as próximas medidas de incentivo que a administração reforça já estarem em estudo.

Por: Leonardo Moreira

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