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3,19 milhões de alunos do ensino superior privado devem trancar a matrícula ou desistir do curso até o fim do ano no Brasil. A estimativa do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Ensino Superior) é de um aumento de 10% na evasão se comparado a 2019, representando 290 mil estudantes a mais. As informações são do repórter Lucas Herrero, da Rádio Bandeirantes.
Beatriz Reis, de 19 anos, cursava o terceiro semestre de Arquitetura e Urbanismo, porém foi obrigada a parar por dois motivos: falta de dinheiro e de adaptação às aulas online.
“Eu vi muita diferença da aula presencial para online. Ainda segurei uns dois meses tentando entender, mas a aula online estava muito complicada para mim. Logo que a pandemia começou, meu contrato acabou e, também por causa da pandemia, não me efetivaram”, afirma Beatriz.
A estudante pretende retornar somente quando as aulas forem presenciais, assim como metade dos 70 alunos da sala dela, que também trancaram o curso.
Situação preocupante no país

Segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), apenas 21% dos brasileiros de 25 a 34 anos têm ensino superior completo – entre os jovens de 18 a 24 anos o índice é pior.
O diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, reforça a preocupação com os dados e acrescenta um novo, relacionado à pesquisa feita pelo sindicato com 2.500 alunos durante a pandemia.
“40% dos alunos reportaram que foram impactados pela pandemia. Seja porque foram demitidos, seja porque tiveram o contrato de trabalho suspenso. Então, o impacto para o Brasil no futuro é muito grande, porque o desenvolvimento de um país está diretamente ligado à capacidade do seu capital humano. São prejuízos incalculáveis”, disse Capelato

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