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Quando se fala em organização de um ambiente interno é essencial que se planeje todos os itens que irão compor o espaço. Nada pode estar no lugar errado ou a rotina do morador pode ser dificultada. Na lista dos passos que vão compor o planejamento de cada ambiente, o profissional deve pensar na escolha de móveis e utensílios, a disposição das peças pelo espaço, o uso de cores e de materiais e, principalmente, a funcionalidade de cada parte em uma casa. Mas, o especialista não pode se esquecer de um dos mais preciosos elementos no projeto que está sendo elaborado: a iluminação.

A luz é tão importante para o planejamento interno das casas, que ela é responsável por trazer a cada ambiente um clima diferente. Se não pensada de forma estratégica, ela pode tornar um determinado espaço hostil e desconfortável. De forma semelhante a um item fora do lugar, a luz errada pode trazer transtornos ao morador, por isso ela não pode ficar de fora do planejamento. “A luz não pode ser escassa e tampouco em excesso. O correto é encontrar o equilíbrio adequado para cada ambiente”, explica o arquiteto, Victor Tomé. Para que se consiga criar harmonia entre o ambiente e o ser humano, através da iluminação, Victor lembra que é necessário fazer uma escolha assertiva quanto ao tipo de luz a ser utilizada e a temperatura dela.

“A primeira coisa que faço quando assumo um projeto é perguntar ao meu cliente qual é a rotina dele, a rotina das outras pessoas na casa e quais atividades elas realizam durante as 24 horas do dia. É a partir dessas respostas que o projeto é construído e a iluminação tem que estar alinhada a essa ideia. Nós conseguimos criar várias possibilidades de uso em um mesmo espaço somente com os jogos de luz e sombra em um ambiente. Eu gosto de chamar que criamos cenas”, relata o arquiteto.

Essa é uma das marcas do trabalho do arquiteto em Goiânia. Ele desenvolveu projeto com ambientes transformados pela luz no apartamento decorado do Terraço Bougainville, a convite da City Soluções Urbanas e O.M. In. O arquiteto de fato compõe ambientes perfeitos para cada cena. “Penso na cena da esposa lendo um livro na cama sem atrapalhar o sono do marido, na cena do jantar em família, no descanso, na cena do momento de assistir a TV. A iluminação nos dá essa possibilidade de dividir os espaços através das atividades que estão sendo realizadas”, reforça Tomé.

Segundo ele, ter atenção com esses quesitos é importante, pois a falta de luminosidade em um ambiente pode deixá-lo pesado. Em uma área de estudos, fazer uma leitura de um livro vai ser impossível se não houver uma iluminação adequada. Por outro lado, o excesso de luminosidade também pode trazer muitos problemas em uma sala de TV, por exemplo. Ele ressalta que os projetos dos espaços de uma residência precisam mesclar a luz natural, que vem de fora da casa, e a luz artificial.

“Nos ambientes de mais relaxamento como spa relax, colocamos luzes mais fracas para dar uma sensação de tranquilidade e calma. Normalmente, entregamos opções para que o morador escolha se quer luzes mais intensas ou não. Isso ajuda a criar diversos cenários. De qualquer forma trabalhamos, especificamente, para deixar o ambiente confortável e charmoso”, explica o arquiteto.

Victor Tomé ressalta, ainda, que os projetos mais antigos traziam para os ambientes um único ponto de luz artificial. Esse modelo de projeto acaba limitando o uso do espaço pelo morador. Segundo ele, os projetos mais recentes passaram a ser elaborados a partir da rotina de cada morador. “Nos projetos atuais, seguimos alguns padrões quanto ao uso do ambiente, por exemplo em um escritório, optamos por luzes mais fortes e focais, como também nos banheiros, que são espaços que precisam ter iluminação em pontos específicos para facilitar o uso daquele ambiente”, complementa.

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