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A equipe formada por alunos da Escola do Futuro de Goiás José Luiz Bittencourt (EFG) teve seu protótipo de robô avaliado e foi considerada apta a participar da próxima edição da First Robotics Competition (FRC). A classificação veio após a participação inédita da instituição de ensino na etapa amistosa do evento, realizada entre os dias 5 e 7 de agosto, no Rio de Janeiro.

Entre as quase 90 equipes nacionais e de outros 38 países, o time da EFG era o único formado por alunos de uma instituição pública de ensino. Esta foi uma edição off-season, ou seja, fora da temporada oficial, e proporcionou uma mistura de cultura, amizade e experiências tecnológicas.

Estreante no evento, a equipe da EFG José Luiz Bittencourt foi composta por oito alunos e três professores do curso de Linguagem de Programação em Python. No sábado (6), os estudantes apresentaram o seu projeto de robótica na categoria Robô FRC UP, de idade de 14 até 18 anos, para uma banca formada por juízes do torneio internacional. A comissão avaliadora foi composta pelo engenheiro e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Bruno Pedroza, pelo engenheiro e pesquisador do CENPES/Petrobras Ney Robinson Salvi dos Reis e pelo engenheiro Rafael Quadros, que é coordenador nacional do torneio.


Os avaliadores fizeram elogios e deram feedbacks positivos ao projeto apresentado pelos alunos da EFG. Além disso, os juízes recomendaram também alguns ajustes para a próxima participação, em 2023, que ainda terá data e local definidos pela comissão organizadora do festival. De acordo com o professor coordenador do projeto, Jefferson Lorençoni, as mudanças sugeridas pela comissão já eram esperadas pela equipe.

Este é o segundo evento de caráter internacional que as Escolas do Futuro participam. O primeiro ocorreu entre os dias 15 e 19 de junho, na Campus Party Goiás 2022. Em novembro de 2021, os alunos também participaram do 1° Torneio de Robótica de Arrancada Unigoyazes.

O professor Jefferson Lorençoni destacou a responsabilidade e o comprometimento dos alunos durante o festival. “Todos os nossos alunos ficaram ainda mais motivados por saberem que estavam representando ali todas as EFGs e a classe de escola pública a nível de Brasil. Quando as outras equipes souberam nossa origem, nos parabenizaram pelo feito. Isso precisa servir de inspiração para que outras escolas públicas cheguem onde chegamos, em um evento internacional”, afirmou o educador.

Além da apresentação do projeto, durante a FRC, os alunos goianos puderam visitar diversos estandes nacionais e internacionais para conhecer trabalhos de escolas que estão há mais tempo em competição pelo Brasil e pelo mundo.

Integrante da equipe da EFG Bittencourt, Ana Carolyne Pires da Silva, de 17 anos, enfatizou a boa organização fornecida pelo evento, o que possibilitou maior convívio, troca de experiências e mistura de cultura. “O evento em si traz muitas oportunidades. Aprendi a reutilizar tudo o que a gente já tem, conheci mais sobre a estrutura de projetos, ouvi pessoas que nos incentivaram a crescer mais e percebi que precisamos andar juntos para alcançar o sucesso”, relatou a estudante.

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