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O Governo de Goiás assinou, nesta segunda-feira (7/2), o contrato de venda da Celg Transmissão S.A (Celg T) para a EDP. A estatal foi leiloada por R$ 1,977 bilhão, em outubro do ano passado. Com as correções monetárias, o valor repassado hoje saltou para R$ 2,113 bilhões, montante que será destinado à recomposição do Fundo Previdenciário do Estado. “Algo inédito, nunca visto, um governo fazer a venda de um ativo e colocar 100% na garantia de pagamento de aposentados e pensionistas”, frisou o governador Ronaldo Caiado.

O CEO da EDP, João Marques da Cruz, definiu a compra da Celg T como uma excelente oportunidade. “Estamos comprando uma plataforma de crescimento, de expansão.” Ele atribuiu o cenário favorável à boa gestão do Estado, e que trata-se de um território promissor, “futuro do Brasil”. “Em Goiás, economicamente, um produto, o consumo e a eletricidade crescem mais do que na média do país. É onde a EDP quer estar. E é por isso que concorremos à privatização e ganhamos”, garantiu ao anunciar que a estatal passa a se chamar EDP Goiás.

“Nós escolhemos o Estado de Goiás porque acreditamos, acreditamos porque é um Estado bem governado, os investidores precisam sempre de confiança e temos aqui confiança”, continuou João Marques. O CEO adiantou, ainda, que uma das metas da empresa é investir em outros setores da atividade energética. Citou, como exemplo, a energia solar. “Aproveitemos essa riqueza para que se crie valor para todos”, concluiu. A estatal foi arrematada pela EDP em 14 de outubro de 2021, em sessão na Brasil, Bolsa, Balcão (B3 S.A), com um ágio de 80,1%. A previsão de investimento anunciada para Goiás gira em torno de R$ 400 milhões, sendo metade desse montante, em 2022 e 2023.

Caiado assegurou que a EDP Goiás terá parceria do Governo do Estado em prol do desenvolvimento econômico regional. “Sei que os investimentos da EDP não vão ficar restritos aos 756 quilômetros de redes de transmissão, ou às 14 subestações. Vocês vão investir, agora, na geração de mais empregos para nosso Estado. Vão entrar, também, para disputar o mercado, oportunizar ainda mais a oferta de energia”.

Como explicado pelo governador, o valor arrecadado com o leilão vai amortizar o histórico déficit previdenciário em Goiás, e ainda, permitir que se isente da contribuição previdenciária, aposentados e pensionistas que recebem até R$ 3 mil, cerca de 18 mil pessoas. Aqueles que recebem acima desse valor vão contribuir com alíquotas progressivas, apenas sobre a quantia que exceder os R$ 3 mil.

O secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, afirmou que a assinatura de contrato de venda evidencia “a gestão séria do Estado, e que tem o compromisso de entregar para os goianos infraestrutura de alta qualidade”. Para efeito de comparação, mencionou que a Celg Distribuição, de maior porte que a Celg T, foi vendida a um valor inferior pela gestão passada, em 2016. “O mercado nunca paga mal, paga o valor que vê naquela empresa, o suficiente para exercer seu plano de negócio. Mostra que a EDP viu o valor da Celg T”.

Presente há mais de 20 anos no País, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico. Com mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, a companhia tem negócios em geração, transmissão e soluções em serviços de energia voltados ao mercado B2B, como geração solar, mobilidade elétrica e mercado livre de energia. Em distribuição, atende cerca de 3,6 milhões de clientes em São Paulo e Espírito Santo, além de ser a principal acionista da Celesc, em Santa Catarina.

Participaram do evento, os secretários de Estado, César Moura (Retomada), Joel Sant’Anna Braga (Indústria e Comércio); o deputado estadual Bruno Peixoto; e os presidentes Gilvan Cândido da Silva (Goiásprev), José Fernando Navarrete (Celg Par) e Fabricio Amaral (Goiás Turismo).

Fonte: Secretaria de Comunicação (Secom)

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