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O Governo de Goiás defende a retirada da vacina contra febre aftosa a partir de 2022. Esta posição foi manifestada, nesta sexta-feira (4/12), pelo presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), José Essado, durante reunião dos Estados do Bloco IV, para discussão das ações do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA). Os trabalhos foram coordenados pelo diretor do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários (DSA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Geraldo Marcos de Moraes.

Conforme disse José Essado, Goiás está trabalhando firmemente para o cumprimento de todas as ações e metas preconizadas pelo Mapa no âmbito do PNEFA, com o objetivo de retirar a vacinação, principalmente porque está há 25 anos sem registro de focos. O maior entrave, contudo, é que alguns Estados que integram o Bloco não conseguiram avançar no cumprimento das medidas, e isso dificulta o avanço isolado de uma unidade federativa do mesmo bloco.

Inicialmente o Programa previa a retirada da vacina em 2021, mas teve o calendário alterado, em função da pandemia do novo coronavírus.

O diretor do DSA afirmou que os dez Estados, mais o Distrito Federal, que compõem o Bloco IV, apresentam estágios diferentes no cumprimento das ações e isso acaba causando divisão. Alguns deles, como Goiás e Mato Grosso do Sul, defendem a retirada da vacina em 2022, porém, outros querem que seja mais adiante. Geraldo Moraes disse que é possível realizar estudos para desmembrar o Bloco, viabilizando a antecipação nos Estados que cumprirem as ações e demonstrarem que estão aptos para a suspensão.

Outra alternativa para os Estados que desejam antecipar a medida é apresentar pedidos isolados ao Mapa. Neste caso, é necessário que tenham cumprido as ações previstas no PNEFA e estejam preparados para gerir os riscos sanitários. Isso inclui a instalação de barreiras sanitárias nas divisas com os demais Estados e/ou com países, se estiverem nas fronteiras; dispor de fundos indenizatórios organizados e robustos financeiramente; arcar com custos de vigilância sanitária com maior número de médicos veterinários nos Serviços Veterinários Oficiais; e manter controle rígido do trânsito de animais de áreas livres com vacinação para áreas livres sem vacinação; entre outros fatores.

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