“Se o Brasil tiver o insumo para produzir a vacina contra Covid-19, chamado IFA, nós teremos condições de produzir mais de 45 milhões de doses por mês”, defendeu o governador Ronaldo Caiado, nesta sexta-feira (11/02), durante live nas redes sociais. Antes da transmissão, Caiado se reuniu, por meio de videoconferência, com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. A reunião do Fórum de Governadores abriu diálogo sobre a agenda prioritária dos Estados. A discussão teve como pauta questões relacionadas à distribuição da vacina e ações de proteção social, com a possível retomada do auxílio emergencial.
Com a viabilização do insumo, Caiado reforça a tese de que o Brasil terá condições de vacinar toda a população em quatro meses e, a partir daí, fornecer imunizantes para outros países. Além disso, o governador demonstrou grande interesse na vacina da Johnson & Johnson, que prevê apenas uma aplicação e menor custo com infraestrutura e logística para o transporte. “Me encanta pelo fato de ser dose única. Temos outras tantas vacinas para aplicar no calendário vacinal”, ressaltou.
A vacinação para idosos acima de 80 anos deve começar na próxima semana em Goiás. A expectativa é de que, com a chegada periódica de mais doses, a abrangência do público atendido aumente. “Quando chegar na linha dos 70 anos eu vou estar no primeiro lugar da fila”, disse o governador ao falar de seu desejo em ser imunizado.
Caiado também reconheceu os esforços do governo federal no sentido de minimizar os efeitos sociais da pandemia e defendeu a aprovação da chamada Emenda de Guerra, por parte do Legislativo federal, que viabilizaria a continuidade do auxílio emergencial diante da crise provocada pela Covid-19, ainda enfrentada em todo o país. “Conseguimos o compromisso, tanto do presidente da Câmara como do Senado, de chegar a um acordo com o ministro da Economia para viabilizar uma emenda Constitucional que, após aprovada, faça o repasse a todos os brasileiros a partir do final desse mês”, defendeu Caiado.
Só para Goiás, foram repassados R$ 5 bilhões por meio do auxílio emergencial, R$ 1.876 bilhão pela Lei Complementar 173 – que estabelece o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus – e R$ 8,868 bilhões destinados aos municípios goianos. “O auxílio emergencial é importante, sim. Quem tem fome, tem pressa. Precisamos buscar algo que seja possível para o governo executar”, reforçou.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, garantiu que dará encaminhamento às demandas elencadas pelos governadores e pontuou que seu mandato à frente da Casa será pautado pela responsabilidade, democracia, respeito e independência. “Me coloco à disposição de vocês nessa relação, que prometendo ser muito próxima, com muita liberdade, e ouvi-los em relação a projetos específicos”, disse Rodrigo Pacheco.
Também presente na reunião virtual, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, apontou que é preciso ter sensibilidade para construir soluções para superar o momento de dificuldade que o Brasil vive. “A pauta federativa está no nosso foco. Esperamos, ainda neste primeiro semestre, entregar ao Brasil, a todos os Estados e à população uma situação de melhoria do quadro geral”, finalizou.