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O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), vai selecionar novas Organizações Sociais (OSs) para a gestão dos hospitais estaduais de Pirenópolis, Jaraguá e Santa Helena. A decisão veio após o Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), instituição que estava à frente das unidades, ser questionado se teria interesse em continuar na gestão e capacidade de garantir 100% da qualidade do atendimento prestado ao cidadão. A organização alegou dificuldades e optou por não gerir mais os hospitais, desistindo dos contratos estabelecidos com o Estado.

Todos os três contratos com a Organização Social foram firmados na gestão anterior do governo estadual. Há algum tempo, a Secretaria de Saúde já enfrentava dificuldades em relação à Organização Social no que tange à prestação de serviços, além de reclamações sucessivas de atrasos salariais aos trabalhadores e de pagamento aos fornecedores, o que refletia diretamente no desempenho das unidades. O IBGH alegou que, dado alguns fatos recentes, não teria condições de seguir à frente dos hospitais, visto que no momento atual estão com dificuldades de aquisições e relacionamento com o mercado.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, o chamamento das novas OSs para substituição da gestão dos hospitais seguirá dois caminhos em paralelo. “Ocorrerá um processo regular, que demora um pouco mais, entre 90 e 120 dias; e um emergencial, que deve ser finalizado provavelmente na próxima semana, com vigência máxima do contrato de 180 dias. Dessa forma, não haverá nenhuma descontinuidade do serviço entregue aos goianos”, garantiu Alexandrino.

“Organizações Sociais qualificadas no Estado serão selecionadas para assumir, emergencialmente, a gestão das unidades. Pode ser uma, duas ou três instituições, não é um pacote fechado. Concomitantemente, o processo regular de chamamento público será iniciado. Para a transição, criamos uma comissão com equipe de técnicos da Secretaria para observar questões assistenciais, financeiras, contábeis, patrimoniais e de recursos humanos. Nosso trabalho é para que não haja descontinuidade dos serviços”, destacou o titular da SES-GO.

O secretário Ismael Alexandrino afirmou, ainda, que a ferramenta de gestão de unidades de saúde por Organização Social é ágil, boa e satisfatória, mas que, no entanto, o Estado não pode abrir mão da governança. “Pedimos para que todas as OSs que atuam em Goiás tenham transparência nas ações e qualidade no serviço prestado ao cidadão. Temos sido muito francos e claros com as instituições e se alguma não entender essa mensagem, e não adotá-la em sua prática, não teremos dificuldade alguma de fazer a substituição”, finalizou o titular da SES-GO.

Foto: Britto

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